sábado, 31 de março de 2007

Os quatro finalistas

Finalmente o mata-mata chega a seu momento decisivo. Este ano não há nenhuma grande surpresa. Os quatro times - Flórida, UCLA, Georgetown e Ohio State - são, sem sombra de dúvidas, os mais consistentes da liga. Todos conseguiram pelo menos 30 vitórias e nenhum perdeu mais de seis jogos ao longo dos seis meses de competição. A superioridade não pára por aí. Entre as quatro equipes finalistas, pelo menos 15 jogadores passam nos quesitos necessários para jogar na NBA.

Lorenzo Mata, de UCLA, e Taurean Green, da Flórida

Os sites especializados já notam que o quinteto titular da Flórida - Taurean Green, Lee Humphrey, Corey Brewer, Al Horford e Joakim Noah - vai estar brigando, cedo ou tarde, nas arenas da liga profissional. O técnico Billy Donovan contribuiu e muito para o surgimento dessa nova potência universitária. E olha que, no caminho, ele perdeu David Lee para o New York Knicks. Provavelmente sabendo que o time poderia se desmantelar, o treinador tratou de recrutar mais estrelas para seu programa e conseguiu assinar com Nick Calathes - o all-american é talvez o melhor armador vindo do colegial neste ano.

Mas antes de repetir a conquista do ano passado, os Gators têm de superar a base da retranca da UCLA - Arron Afflalo, Darren Collison, Mbah a Moute e Lorenzo Mata. Desses, o mais incerto de ir para o profissional seja Lorenzo. Talvez porque seus números não impressionem tanto, mas o faz-tudo do técnico Ben Howland já teve médias de 25 pontos e 18 rebotes nos tempos de escola, quando era o segundo melhor ala-de-força entrando na liga universitária. Fazer o trabalho sujo não é para qualquer um, e fica claro que Lorenzo tem muita inteligência.

Roy Hibbert, de Georgetown, e Mike Conley Jr, de Ohio St

Na outra chave, a universidade que mais tem alunos nos Estados Unidos, Ohio State (52 mil), também tem lá seu quarteto de draftáveis: Greg Oden, Ron Lewis, Mike Conley Jr e Daequan Cook. Desses, sem dúvidas Lewis é o mais bem preparado para o próximo nível, como vem mostrando em todas as partidas até agora. Mas a estrela ainda é Oden. Talvez seja por conta da pressão, já que todos nós esperamos muito dele. Isso mostra a falta de maturidade do pivô para encarar a NBA.

Oden precisa entender que ninguém está forçando ele a nada e, que se quiser ficar mais um ano ou dois, ninguém vai impedi-lo de chegar ao último estágio do basquetebol americano. Tim Duncan ficou os quatro anos em Wake Forest e ainda assim foi draftado em primeiro, unânime. Kwame Brown saiu direto para a liga.

E o que Oden deveria fazer? Bem, com todos os cartolas e jogadores vão estar presentes em Atlanta para vê-lo jogar, sugiro que ele converse com um deles em particular: Patrick Ewing.

Afinal, Ewing pai vai estar lá para ver Ewing Jr. Mas ele não é nem sombra do que Jeff Green e Roy Hibbert são para a universidade de Georgetown. Os dois estão entre os 20 melhores jogadores saindo dos colegiais deste ano. Até a Wikipedia já sabe que os dois estarão na NBA um dia. Hibbert, ao contrário do rival Oden, tem claramente a maturidade para jogar no próximo nível e até liderar uma equipe carente de um jogador de sua posição. Vai ser o primeiro grande duelo de uma geração de pivôs “das antigas”, ou seja, com mais técnica do que força.

= = =

Agora que o cenário em Atlanta já está pintado, arrisco meu palpite: Flórida bicampeã, Ohio State vice, 84-78 na final.

segunda-feira, 26 de março de 2007

Tal pai, tal filho



A última vez que Georgetown chegou às semi-finais do mata-mata foi em 1985, quando a NCAA adotou o formato atual com 64 times. O técnico dos Hoyas era John Thompson, e o principal jogador era Patrick Ewing.

Hoje, 22 anos após o feito, o time é regido por John Thompson III, filho daquele John, e foi graças a um rebote de Pat Ewing Jr, a dois segundos do fim do tempo regulamentar, que a equipe conseguiu mandar o jogo para a prorrogação.

Georgetown voltou cheio de moral para o tempo extra, e o gás acabou para a Carolina do Norte. Sem fôlego e sufocados pela retranca do rival, os Tar Heels fizeram apenas três pontos, num lance de Ty Lawson perto do fim, quando já não havia mais tempo para tirar a vantagem de 12.

Elogiar as atuações de Jeff Green e Roy Hibbert (cada vez mais parecido com Robert Parish) vira até pleonasmo. Então o destaque é do ala calouro Dajuan Summers, que fez oitos dos 15 pontos dos Hoyas na prorrogação e terminou com 20, além de seis rebotes, dois tocos e uma roubada.

As chances de Georgetown repetir a façanha de 1984, quando foram campeões, passa a ser grande após a incrível vitória sobre a UNC. Vale lembrar que, por duas vezes nos últimos quatro anos, um time de sua conferência, a Big East, levou o caneco para casa.

Gators e Bruins de novo



Flórida não deu a menor chance para Oregon durante toda a partida. Mesmo com o primeiro tempo equilibrado, dava para ver que a diferença entre as duas equipes era gritante - tanto que os Gators venceram.

Os Ducks bem que tentaram e conseguiram parar Al Horford. Isso acabou abrindo espaço para Joakim Noah, que anotou sonoros 14 pontos e 14 rebotes, entrando de vez na briga para ser o melhor do ano de novo.

Também é importante mencionar a versatilidade do time. Se ficou difícil para os alas, os armadores Lee Humphrey e Taurean Green fizeram o diabo e somaram 44 pontos.

Agora a UCLA terá direito a uma revanche contra o mesmo time que a eliminou ano passado. A última vez que aconteceu algo semelhante foi em 1991, quando a então campeã Duke eliminou pela segunda vez a UNLV e chegou ao título.

Se a história vai se repetir, ainda não sabemos. O fato é que o quinteto da Flórida é o time a ser batido.

Resultados de domingo:

Flórida 85-77 Oregon
Georgetown 96-84 UNC (prorrogação)

domingo, 25 de março de 2007

Segue o tabu



UCLA, a velha senhora dona de 11 títulos, mostrou por que jamais perdeu para Kansas em mata-matas.

A começar pela presença de sua torcida, que lotou o ginásio de San Jose, e vibrou o tempo todo, para desespero dos narradores e comentaristas, berrando no microfone para se fazerem ouvir.

Depois, pela aula de defesa que o time deu em um dos melhores ataques da competição. Para se ter uma idéia, um dos destaques de Kansas, o armador Brandon Rush, tinha até antes do jogo 76% de acerto dos arremessos. A média caiu para 56%. Insuperáveis na defesa dos Bruins, o pivô Luc Richard Mbah a Moute e o ala Josh Shipp somaram 12 rebotes, oito roubadas e quatro tocos.

Falando em roubadas, o jogo teve a incrível marca de 32. No total, foram 45 desperdícios.

Além disso, UCLA ainda teve a paciência de esperar o momento certo para fazer seus arremessos. Darren Collison e Arron Afflalo derrubaram arremessos de três no estouro do cronômetro mais de uma vez.

Superados de todas as formas possíveis, os Jayhawks não conseguiam nem mais acertar passes. Fica até difícil apontar os destaques.

E o futuro? De qualquer forma, deverão seguir no time o armador segundo-anista Mario Chalmers, que mesmo sendo do Alaska tem muito talento com a bola laranja nas mãos, e o excelente pivô calouro Darrell Arthur. Além de Brandon Rush, espera-se que o ala-pivô Julian Wright entre no draft.

Enquanto uns pensam no futuro, o técnico da UCLA, Ben Howland, terá uma semana para estudar o ferrolho que vai armar para seu próximo adversário. Caso a Universidade da Flórida vença sua partida amanhã contra Oregon, teremos então a revanche da final do ano passado.

O domador



No primeiro tempo contra Memphis, Greg Oden mais uma vez se mostrou apático. Com cinco pontos, três rebotes e duas faltas, lá estava ele amargando a ponta do banco novamente.

Enquanto isso, os Tigers mostravam as garras, acertando sete de 11 arremessos de três, e diminuindo a vantagem no placar para três pontos. Além deles, Chris Douglas-Roberts esbanjou talento numa enterrada espetacular - claro que Oden não estava ali para defender.

No segundo tempo, a situação se inverteu.

Oden ajudou a botar ordem na casa e fechou o garrafão, enquanto seus companheiros fecharam o perímetro. Lá pela metade final da partida, Ohio State começou a abrir uma vantagem impossível de ser tirada, e Memphis ficou mais mansa, tentando furar o bloqueio ou errar menos.

Esse foi, definitivamente, o melhor jogo de Oden no mata-mata até agora. Os Tigers se sentiram acuados com a sua presença, principalmente no final.

Como consolação, Memphis ficou com o cestinha da partida, Jeremy Hunt, que anotou 26 pontos (45% de acertos da linha de três) e quatro rebotes. Por estar no seu último ano na faculdade, Jeremy está automaticamente inscrito no draft.

Resultados de sábado:

Ohio State 92-76 Memphis
UCLA 68-55 Kansas

sábado, 24 de março de 2007

Vira, vira, vira...



Quatro jogos agitaram a rodada de sexta-feira. Todos ficaram marcados por reações e viradas espetaculares.

Primeiro, na partida entre Flórida e Butler. Graças a Al Horford e Joakim Noah, que fecharam o garrafão, os Gators conseguiram assumir o controle da partida depois de 38 minutos num confronto pau a pau.

Depois, foi a vez da defesa de Georgetown, que fez a carruagem da Cinderela Vanderbilt virar abóbora. Vandy terminou o primeiro tempo vencendo, mas a forte marcação dos Hoyas permitiu a recuperação e a vitória nos últimos segundos.

Em St. Louis, num jogo que começou morno e disputado, o segundo tempo foi excepcional. Oregon chegou a abrir 18 pontos, mas parou para ver a reação da UNLV. Mesmo com sete pontos de vantagem a 30 segundos do fim, o jogo só não foi para a prorrogação porque os Ducks acertaram seus lances livres. O destaque fica por conta do baixinho primeiro-anista do Oregon, Tajuan Porter (1,67m), que fez 33 pontos.

No fim das contas, foi a Universidade da Carolina do Norte (UNC) que teve mais dificuldade para seguir em frente. A equipe chegou a estar perdendo por 16 pontos da USC, mas Brandan Wright e Marcus Ginyard comandaram a reação quando a UNC fez 18 pontos seguidos e a USC ficou sete minutos sem pontuar.

Cestas de ontem, cestas de hoje



Nas quartas-de-final, teremos dois clássicos imperdíveis. O primeiro entre Kansas e UCLA, no sábado. As duas universidades revelaram craques como Wilt Chamberlain, Danny Manning, Paul Pierce, Kareem Abdul-Jabbar, Bill Walton, Reggie Miller, Baron Davis - e olha que ainda ficou gente de fora. Vão fazer um duelo de estilos opostos entre ataque e defesa. Elas se enfrentaram apenas quatro vezes no torneio, sendo que os Jayhawks de Kansas jamais venceram os Bruins.

O outro clássico, a ser disputado no domingo, reúne UNC e Georgetown, 25 anos depois da final de 1982, quando um certo Michael Jordan botou o jogo no bolso nos últimos segundos e se sagrou campeão.

Resultados de sexta-feira:

Flórida 65-57 Butler
Georgetown 66-65 Vanderbilt
Oregon 76-72 UNLV
UNC 74-64 USC

Há 11 anos...



Um certo armador de 20 anos, problemático (tinha saído da prisão havia dois anos), levava sua universidade, Georgetown, às quartas-de-final depois de derrotar Texas Tech. Onze anos depois de Allen Iverson, Jeff Green levou os Hoyas de volta à elite dos oito. Foi numa cesta decisiva, a menos de três segundos do fim, após passar entre dois jogadores de Vanderbilt. O ginásio de Rutherford, em Nova Jersey, veio a baixo.

Outro que contribuiu para o feito, o grandalhão Roy Hibbert deve integrar a lista de pivôs de sucesso que saíram de G`town: Patrick Ewing, Dikembe Mutombo e Alonzo Mourning.

sexta-feira, 23 de março de 2007

Acertar é humano



É, pelo visto não nasci para ser pai-de-santo. Dos quatro jogos de ontem, acertei como eles seriam, mas errei os resultados (para sorte de alguns, né sr. Linelson y Castro*?). O jogo de apostas, como no torneio da NCAA, não perdoa quem erra.

A rodada de quinta-feira provou que, se não é possível acertar tudo, então o jeito é tentar errar menos que o oponente.

Kansas, sabendo do ferrolho que viria pela frente contra Southern Illinois, usou da velocidade de seus armadores, particularmente Brandon Rush, que não errou nenhum arremesso em seis tentativas e terminou com 12 pontos, cinco rebotes e cinco assistências.

Texas A&M defendeu melhor os chutes da equipe de Memphis, e confirmou quase metade de suas tentativas. Mas perdeu por um ponto, quando poderia ter vencido se o armador Acie Law IV não tivesse errado uma bandeja num contra-ataque a 46.5 segundos do fim. Pipocou.

A retranca da UCLA não conseguiu conter os arremessos de três de Pittsburgh. Em compensação, foi quase perfeita nos lances livres, ao contrário da rival. O armador Arron Afflalo, dos Bruins, não errou nenhum lance livre e terminou com 17 pontos.

Fechando a noite, Tennessee pagou o preço por achar que o jogo estava liqüidado quando abriu 20 pontos no primeiro tempo. Desperdiçou ataques seguidamente no segundo. Do lado de Ohio State, foi o armador Ron Lewis que não perdeu suas oportunidades e fez após o intervalo 18 dos seus 25 pontos. Não deu outra: vitória histórica dos Buckeyes.

* Aposta é aposta: como Ohio venceu, este colunista aqui é obrigado a citar o nome do colunista do BasketBrasil.


Resultados de quinta-feira:


Kansas 61-58 S. Illinois
Memphis 65-64 Texas A&M
UCLA 64-55 Pittsburgh
Ohio State 85-84 Tennessee

Na hora certa, no lugar certo



Greg Oden, mais uma vez, deixou a desejar. Ficou um bom tempo sem jogar, pendurado com quatro faltas. O pior é que, mesmo contra os baixinhos do Tennessee (Dane Bradshaw, um dos que marcaram Oden, tem apenas 1,93m), ele pegou apenas três rebotes. Mas Oden mostrou, de novo, que tem estrela. Em pouco tempo de quadra, anotou quatro tocos cruciais para a vitória de Ohio State. O último, inclusive, quando Tennessee tinha a bola do jogo, faltanto seis segundos. A jogada era simples: o armador Ramar Smith partiu fulminante numa bandeja que teria dado a vitória aos Volunteers. Oden, então, fez o bloqueio que, provavelmente, estará no Top-10 da semana. Foi surreal.

Novos ares



Faltando quatro anos para o fim do contrato, o técnico Orlando “Tubby” Smith pediu demissão em Kentucky para reerguer o programa de basquete da Universidade de Minnesota. Não que isso seja anormal para quem está no Brasil, acostumado com a dança de treinadores no futebol. Mas no caso da NCAA funciona assim: os jogadores vêm e vão.

Os técnicos ficam.

A situação em Kentucky não era nada boa para Tubby Smith. A fanática torcida da UK, que nunca espera ver o time cair antes das semifinais, pressionava e ao mesmo tempo se desesperava ao ver o futuro das rivais históricas Indiana e Louisville sendo sempre mais promissor. Já pedia a cabeça dele há muito tempo. A paciência de Coach Smith chegou ao fim depois de 10 anos.

Isso tudo porque Tubby tem no currículo apenas a conquista do campeonato de 98 e cinco títulos da conferência SEC, além de ter levado Kentucky a seis aparições nas oitavas-de-final e três nas quartas do torneio da NCAA. Ele também foi o técnico a chegar mais rápido a 100 vitórias no comando da UK desde Adolph Rupp, hoje no Hall da Fama.

Imaginem o que esses torcedores diriam da CBB se fossem brasileiros...

quinta-feira, 22 de março de 2007

Apostas, apostas e apostas

Flórida

O comitê que decide as chaves do torneio parece ter encontrado a fórmula certa neste ano. Mesmo as duas surpresas das oitavas-de-final, UNLV e Vanderbilt, receberam chaves razoavelmente altas se comparadas com George Mason e outras universidades do passado. Isso mostra como o torneio de 2007 está nivelado e prova mais uma vez que não há times imbatíveis na NCAA. Sendo assim, comprei uma bata nova e consultei os búzios (me livrei da bola de cristal depois dos erros no draft) para ver quem passa à próxima fase. Se os orixás não me falharam, teremos:

FLÓRIDA - Butler já foi longe o suficiente e os Gators não vão querer que a história do jogo contra Vanderbilt se repita. Espero um jogo concentrado nos grandalhões da Flórida. Muito se falou de Al Horford esses dias, mas o homem do jogo será Joakim Noah, que finalmente vai acordar no torneio.

UNLV - Oregon tem pela frente uma excelente defesa de perímetro e Wendell White com 66% de acerto nos arremessos.

KANSAS - Os Jayhawks sempre tiveram dificuldades contra times defensivos, e Southern Illinois se encaixa no quesito "jogo feio, desço o braço, mas sigo adiante". Por isso prevejo um placar modesto, talvez com prorrogação, mas Kansas segue por ter muito mais talento.

PITTSBURGH - Uma escolha bem difícil, mas acredito que a defesa de Pittsburgh e UCLA estejam niveladas. O ataque dos Panthers, contudo, é melhor. Além disso, UCLA ficou muito desgastada fisicamente contra Indiana. Vai ser o jogo de placar mais baixo.

CAROLINA DO NORTE - A USC usou uma defesa de meia quadra e a valorização da posse de bola para vencer Texas. Pena que não funcionará contra a UNC, já que esse é o típico estilo de quem joga na ACC.

GEORGETOWN - Os Hoyas só perdem para Vanderbilt se o adversário acertar a mão.

TENNESSEE - Ohio State vai sentir a pressão. Enquanto isso, os Volunteers, que provaram ter um time equilibrado, vão defender muito bem. A falta de experiência pesa contra Greg Oden e seus companheiros.

TEXAS A&M - Os Aggies têm uma combinação mortal: o segundo menor percentual de acertos adversários e o quinto melhor percentual de acerto de seus arremessos. Além disso, vão jogar praticamente em casa, em San Antonio.

E os brasileiros?


Hatila Passos e Victor Ramalho voltarão para mais um ano na universidade

Aproveito este espaço para responder a uma pergunta do Thiago, que também deve ser a dúvida de muita gente: "Que brasileiro pode pintar na NCAA na próxima temporada?"

Retornarão a seus times os alas-pivô Victor Ramalho (UTEP), Hatila Passos (New Mexico State), Fabio Nass (Miami) e Adenilson Clementino (Prairie View A&M), além dos alas Jonathan Tavernari (BYU) e Leandro Budoltz (South Alabama).

Dois brasileiros acabaram de assinar a carta de intenção para jogar na NCAA: o ala-pivô Luiz Augusto e o pivô Ricardo de Bem. Luiz é paulistano, tem 2,05m e se transferiu da Western Oklahoma para a Universidade de Idaho, depois de ser recrutado por UNLV, Rutgers, New Mexico e San Diego. Ricardo é de Ribeirão Preto, tem 2,08m e se transferiu da Western Nebraska para a Texas Tech, onde vai jogar para o Coach Bob Knight. Nunca vi nenhum dos dois em ação, mas parece que Ricardo é muito bom jogador - inclusive recebeu ofertas para jogar em excelentes programas de basquete, como Indiana, Kansas State, Tennessee, UNLV e Wyoming.

Pode ser que outros brasileiros apareçam mais tarde.

Boa sorte para todos eles!

segunda-feira, 19 de março de 2007

Tragédia grega



Em uma rodada tecnicamente fraca, mas taticamente perfeita, os times que souberam defender melhor conseguiram avançar no torneio. À exceção, claro, de Kansas e Flórida, que venceram graças ao talento individual. Vamos ao nosso giro rápido pelo domingo:

- Quando pisaram em quadra hoje, os jogadores da Universidade do Sul da Califórnia (USC) só tinham duas coisas em mente: parar os companheiros de Kevin Durant e pelo menos dificultar um pouco a vida dele. Os Trojans foram mais eficientes na primeira parte e eliminaram os Longhorns, num verdadeiro épico grego. Mesmo parado com faltas, com dupla e tripla marcação, Durant terminou o jogo com 30 pontos (46% de acerto), nove rebotes, dois tocos e uma roubada. Não foi suficiente...

- Na arena do Chicago Bulls, a grande vencedora do passado, Kentucky, fez o clássico contra a grande vencedora do presente, Kansas. Mais uma vez, os Jayhawks acertaram a mão e levaram vantagem por conta de seus talentos individuais: Julian Wright, Mario Chalmers e Brandon Rush. Irmão do ex-canhotinho do Lakers Kareem Rush, Brandon acertou seis dos sete arremessos de três que tentou. Kansas terminou o jogo com 62.5% de acerto do perímetro.

- Em Nova Orleans, Flórida teve um começo de jogo complicado contra Purdue e só conseguiu reagir no fim do primeiro tempo, quando tirou seis pontos de vantagem. Os Boilermakers fizeram a escolha de anular os armadores adversários, esquecendo de Al Horford. Ou seja, se deram muito mal. Destaque dos Gators, o dominicano anotou 17 pontos, nove rebotes, três roubadas e um toco.

O torneio agora sofre uma parada obrigatória de três dias para as equipes descansarem e viajarem ao encontro do próximo oponente.

Quinta-feira tem mais!

Resultados de domingo:

Tennessee 77-74 Virginia
Florida 74-67 Purdue
UNLV 74-68 Wisconsin
S. Illinois 63-48 Virginia Tech
Oregon 75-61 Winthrop
Memphis 78-62 Nevada
Kansas 88-76 Kentucky
USC 87-68 Texas

Futuro incerto



Com a eliminação de Texas, Kevin Durant provavelmente voltará para Austin cheio de dúvidas na cabeça. Umas semanas atrás, o companheiro de time DJ Augustine revelou para a imprensa que Kevin já dava como certo seu retorno para o time ano que vem. Por outro lado, crescem os boatos de que o melhor jogador da conferência Big 12 vai entrar para o draft, entre outros fatores, graças ao esforço de certos cartolas.

Durante todo o campeonato, KD fez o que se esperava dele. Infelizmente, pesou a inexperiência de um time de primeiro-anistas - que cedeu à NBA ano passado LaMarcus Aldridge, Daniel Gibson e PJ Tucker. Durant não sentiu o gostinho de jogar contra Greg Oden, como provavelmente queria o comitê organizador das chaves.

Se retornar, as chances de ser campeão da NCAA serão enormes, mas se for para a NBA, terá a ingrata missão de reerguer uma franquia. Além, claro, de acabar numa situação semelhante à de Kevin Garnett ou Allen Iverson, carregando o piano de um time que não consegue juntar as peças necessárias para disputar um título.

E você, se fosse Durant, voltaria para a universidade ou iria para a NBA?

Que susto!



Faltando oito minutos para o fim do segundo tempo, o armador e cestinha de Memphis, Chris Douglas-Roberts, torceu o tornozelo esquerdo. Ele agora é dúvida para o próximo jogo dos Tigers na quinta-feira, em San Antonio, contra Texas A&M. Nessa hora, a vontade de jogar supera a dor e, de acordo com o armador, ele jogará. Douglas-Roberts vem mantendo média de 16 pontos e quatro rebotes.

domingo, 18 de março de 2007

Fervendo


Mike Conley Jr, de Ohio State, marcou na prorrogação 11 dos seus 21 pontos


O segundo round começou pegando fogo. Três das oito partidas disputadas neste sábado tiveram prorrogações.

- Faltou muito pouco para a equipe de Greg Oden dar um tremendo vexame na frente de milhares de espectadores. O bom time de Xavier vencia Ohio State por nove pontos, faltando dois minutos para o fim. Depois, Oden foi desqualificado com a quinta falta. Sem ele, os Buckeyes pareciam fadados ao fracasso, quando uma bola milagrosa do armador Ron Lewis entrou faltando três segundos. A partida foi à prorrogação e o armador Mike Conley Jr salvou Ohio State com 11 de seus 21 pontos no tempo extra.

- Em jogo duro e truncado, Texas A&M passou por maus bocados para derrotar Louisville. Pressionando a quadra toda, os Cardinals conseguiram parar o ataque dos Aggies e forçaram o jogo mano-a-mano. Mas o armador da A&M Acie Law IV garantiu a vitória com 17 de seus 26 pontos na segunda metade. O jogo terminou com 51 faltas, 23 desperdícios, apenas 14 assistências, um jogador eliminado e oito pendurados com quatro faltas.

- Nossa candidata a Cinderela do ano, Vanderbilt, aprontou de novo. Os Commodores precisaram de duas prorrogações para derrubar Washington State. Os destaques de Vandy foram os alas Shan Foster e Derrick Byars, que jogaram os últimos cinco minutos do tempo normal e as duas prorrogações pendurados com quatro faltas, mas mesmo assim combinaram 47 pontos.

Resultados de sábado:

Ohio State 78-71 Xavier (prorrogação)
Butler 62-59 Maryland
Texas A&M 72-69 Louisville
Vanderbilt 78-74 Washington St (dupla prorrogação)
Georgetown 62-55 Boston College
Pittsburgh 84-79 Virginia Commonwealth (prorrogação)
UNC 81-67 Michigan State
UCLA 54-49 Indiana

Valorizado demais?

Greg Oden

Começo a questionar se Oden um dia vai levar um time a uma dinastia. Parece absurdo dizer isso alguns meses após ter dedicado uma coluna inteira a ele (clique aqui para ver). Não que Oden tenha desaprendido a jogar. Mas a impressão que fica é a que a mídia americana o valorizou demais. No começo, diziam que ele seria o novo Bill Russell. Depois passou para David Robinson, Pat Ewing... o fato é que o pivô tem muito talento, sim, tanto para defender quanto para atacar. Mas não tem sido dominante ultimamente. Fica aí uma interrogação.

Na sua tela

A ESPN e a Bandsports tem mostrado alguns jogos do torneio até agora, mas se você estiver interessado em outros pode acessar:

http://www.sportsline.com/collegebasketball/scoreboard

Para ver qualquer jogo é só clicar em "Free Live Video" . Depois é só registrar e ver os jogos. Tudo de graça.

Multados

Danny Ainge

Danny Ainge em US$ 30 mil, Charlotte Bobcats em US$ 15 mil e Golden State Warriors em US$ 15 mil - todos por terem se aproximado para aliciar Kevin Durant e Greg Oden. Danny Ainge, do Boston, andou contatando a família de Durant, e o atrapalhado cartola Michael Jordan disse algumas bobagens sobre Durant em entrevistas recentes. Don Nelson também falou mais do que a boca sobre os dois jogadores.

Pela regra da NCAA, qualquer contato de um atleta com um agente profissional ou qualquer tentativa de aliciar um jogador rende multas severas e pode até gerar suspensão e expulsão da liga.

sábado, 17 de março de 2007

Um drible no nervosismo


Kevin Durant (35) eliminou o brasileiro Hatila Passos (15) do torneio

“Durant é um profissional e sabe se ajustar”. Essa foi a frase dita pelo ótimo técnico de New Mexico State, Reggie Theus, derrotado após o jogo entre sua universidade e a do Texas. Resumiu a partida em uma linha.

O jovem parecia preocupado e nervoso com o primeiro (e provável último) mata-mata de sua vida. Enquanto isso, o brasileiro Hatila Passos inaugurou o placar com um bom arremesso. Após dois minutos, Durant tentou e errou seu primeiro chute. Depois, não parou mais de pontuar.

New Mexico tentou engrossar o jogo, e seguiu a rival de perto no marcador. Chegou até a estar na frente durante o primeiro tempo. Hatila estava muito eficiente nos rebotes.

No segundo tempo, Texas abriu uma certa vantagem graças a (adivinhe?) Durant, que visitou a linha de lances livres seis vezes após o intervalo e só errou um arremesso. Os Aggies ainda ensairam uma reação, mas não aguentaram o rojão.

Muito marcado e parado apenas por faltas, Kevin Durant terminou o jogo com 27 pontos, oito rebotes, três roubadas, um toco e uma assistência. É o sétimo jogo seguido que ele fica acima dos 25.

Hatila fez uma bela partida, com 15 pontos (66% de acerto) e oito rebotes, sendo quatro ofensivos. O brasileiro ainda vai ter mais uma chance de aprimorar suas habilidades no próximo ano.

= = =

Mostrando serviço

Florida e Kansas mostraram que, se puderem, vão atropelar quem vier pela frente. Os atuais campeões dizimaram seus oponentes da Jackson State por 43 pontos de diferença, anotando 71 na segunda metade. Kansas aniquilou a Universidade de Niagara no primeiro tempo, quando fez 52 pontos e abriu 25 de vantagem. Terminou com 40 pontos à frente.

Caso sigam vencendo suas partidas, Gators e Jayhawks vão medir forças nas semi-finais.

= = =

Os demais resultados de sexta-feira:

Oregon 58-56 Miami (OH)
Kansas 107-67 Niagara
Virginia Tech 54-52 Illinois
Purdue 72-63 Arizona
Texas 79-67 New Mexico St
Kentucky 67-58 Villanova
S. Illinois 61-51 Holy Cross
Florida 112-69 Jackson St
USC 77-60 Arkansas

Agora vai!

Thaddeus Young, de Georgia Tech

Sete jogos movimentaram o torneio no início da tarde de sexta-feira, e posso adiantar que o nível está bem mais forte do que na quinta.

Vamos aos destaques:

- Em jogo disputado do começo ao fim, a Universidade de Las Vegas (UNLV) venceu apertado a equipe da Georgia Tech, quebrando um jejum de 16 anos sem ganhar no torneio. Azar de Thaddeus Young (foto). A jovem promessa não deve colocar o nome no draft após essa derrota.

- Tennessee massacrou a estreante Long Beach State com uma diferença de 35 pontos. O cestinha da partida foi Chris Lofton, com 25, mas o destaque mesmo foi Dane Bradshaw, com oito pontos e 11 assistências. Aliás, falando em Bradshaw...

- Alguém se lembra do neozelandês Craig Bradshaw, que atuou bem contra o Brasil nos amistosos antes do Mundial? Pois ele acertou a mão novamente e levou sua universidade, Winthrop, à próxima rodada. Foram 24 pontos (10 cestas em 16 tentativas), seis rebotes e dois tocos. Os Eagles bateram a Notre Dame Fighting Irish, e pasmem: na véspera do dia de São Patrício, famoso protetor dos irlandeses. O dia é regado a muita cerveja para esquecer as mágoas passadas. Conveniente, não?

- Esta rodada também teve o primeiro jogo no tempo extra. A Universidade de Nevada, do pivô Nick Fazekas, deu um baile em Creighton, de Nate Funk. O melhor jogador em quadra, porém, foi o armador Marcelus Kemp, do Wolf Pack, que preencheu o quadro de estatísticas com 27 pontos, 12 rebotes, quatro assistências, três faltas, uma roubada e um toco.

Resultados da sexta-feira:

Virginia 84-57 Albany
UNLV 67-63 Georgia Tech
Memphis 73-58 North Texas
Tennessee 121-86 Long Beach St
Winthrop 74-64 Notre Dame
Wisconsin 76-63 Texas A&M-Corpus Christi
Nevada 77-71 Creighton (prorrogação)

sexta-feira, 16 de março de 2007

O balanço do primeiro dia

Shan Foster, de Vanderbilt - Foto: Reprodução

A nossa já conhecida (não tão) zebra Vanderbilt nem tomou conhecimento da Universidade de George Washington. Jogando no estilo run and gun no ataque e sentando a mão nos oponentes na defesa, logo abriu 25 pontos de vantagem e venceu por 77-44.

Até onde será que vai o forte candidato a Cinderela do ano?

Greg Oden fez sua estréia no mata-mata com um duplo-duplo. Foram 19 pontos e 10 rebotes - o suficiente para não dar chance alguma para a Central Connecticut. Ohio State venceu por 21 pontos e ficou a impressão de que só não foi mais porque tiveram dó.

Quem não mostrou dó alguma foi a Carolina do Norte (UNC). Simplesmente acertaram 65% dos arremessos contra Eastern Kentucky. Destaque para Tyler Hansbrough - o ala-pivô da UNC e melhor primeiro-anista do ano passado fez 21 pontos, acertando nove de 11 arremessos, sem contar os 10 rebotes.

UCLA teve começo difícil, mas logo deslanchou contra Weber State.

E assim fechamos o primeiro dia, com uma zebra e vitória de quase todos os favoritos. Apenas quatro jogos apresentaram equilíbrio: Duke x Virginia Commonwealth, Xavier x BYU, Texas Tech x Boston College e Davidson x Maryland. O torneio começa um pouco lento e sem surpresas.

Quem sabe amanhã?

Resultados de quinta-feira:

Davidson 70-82 Maryland
Texas Tech 75-84 Boston College
Stanford 58-78 Louisville
Oral Roberts 54-70 Washington State
Old Dominion 46-57 Butler
Belmont 55-80 Georgetown
Upenn 52-68 Texas A&M
George Washington 44-77 Vanderbilt
Virginia Commonwealth 79-77 Duke
Central Connecticut 57-78 Ohio State
Michigan St 61-49 Marquette
Weber State 42-70 UCLA
Wright State 58-79 Pittsburgh
BYU 77-79 Xavier
E. Kentucky 65-86 UNC
Gonzaga 57-70 Indiana

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Agora, só em 2008

Deu pena ver a BYU de Fernando Malaman e Jonathan Tavernari fazendo um segundo tempo apático e perdendo nos últimos minutos para Xavier. Os brasileiros tiveram poucas chances. Fica para o próximo ano.

Fábula



A Cinderela citada aí no post de cima é a equipe que vive o conto de fadas, a inusitada e praticamente impossível aparição de uma universidade pouco reconhecida pelo seu programa de basquete. Em geral, as Cinderelas se dão bem quando pouco se sabe sobre elas. Portanto, é provável que o sonho de Vanderbilt acabe logo, por conta de toda mídia que começou a receber após o sucesso recente.

A mais famosa Cinderela da história é Texas Western (hoje UTEP), campeã em 1966 com o primeiro quinteto da história só de jogadores negros. A vítima foi a Universidade de Kentucky, do lendário técnico Adolph Rupp. O conto chegou às telas de cinema recentemente, com o filme Estrada para a glória.

Até agora, só deu a lógica...



Nesta primeira rodada do mata-mata, tivemos sete jogos, e os cabeças-de-chave principais venceram.

Destaque para Stephen Curry (foto). Mais do que os 30 pontos, quatro rebotes, três assistências e três roubadas que o armador de Davidson anotou contra Maryland, ele mostrou muita raça. Perdendo por 10 pontos no último minuto, saiu desqualificado, mas animou o time para continuar lutando. Uma pena, mas com certeza o primeiro-anista ainda terá boas oportunidades para disputar o mata-mata no futuro e quem sabe um dia jogar na NBA como seu pai, Dell.

Jogando em Winston-Salem, na Carolina do Norte, Texas Tech de Bob Knight fez o previsto: deu muito trabalho, mas não foi páreo para o Boston College, muito superior tecnicamente.

Em Lexington, Kentucky, no duelo entre Louisville Cardinals de Rick Pitino e Stanford Cardinal, o técnico armou um tremendo ferrolho, marcando a quadra toda, e viu seus pupilos passarem sem dificuldades. Rick conhece bem a quadra em que pisou, afinal foram 11 anos como técnico da Universidade de Kentucky - hoje rival na conferência.

quinta-feira, 15 de março de 2007

O melhor de todos



Kevin Durant é apontado por muitos para levar o prêmio de maior jogador do ano. Além de ser o melhor de sua universidade, ele também é o melhor defensor, já recebeu prêmio de melhor primeiro-anista e primeiro time da Big 12. Algumas projeções falam que a média de pontos dele no torneio deve chegar perto dos 40 pontos.

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Números e listas

1 - É a primeira vez que Dave Rose, técnico da BYU, disputa o mata-mata.

9 - São as aparições consecutivas de Duke nas oitavas-de-final.

45 - É o número de vitórias de Bob Knight em 27 aparições no torneio.

68 - As vitórias de Coach K em 22 aparições no torneio.

400 - Os arremessos livres tentados por Derek Raivio (Gonzaga), A.J. Graves (Butler) e Tristan Blackwood (Central Connecticut) combinados - os números 1, 2 e 4 do país.

71.9%, 82.4% e 90.9% - São as campanhas dos times de Rick Pitino, Lon Kruger e John Calipari. Os três tiveram passagens pela NBA como técnicos do Boston Celtics, Atlanta Hawks e New Jersey Nets.

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Nova geração

Patrick Ewing Jr. faz dupla com Jeremiah Rivers em Georgetown, enquanto Austin Ainge arma o jogo para a BYU e Stephen Curry é o cestinha da Universidade de Davidson. O leitor já pensou que são filhos de grandes personalidades e acertou: Pat Ewing, Doc Rivers, Danny Ainge e Dell Curry.

Outros filhos de grandes personalidades do esporte disputando o torneio são Joakim Noah (Florida), filho do tenista francês Yannick Noah; Mike Conley Jr. (Ohio State), cujo pai foi campeão olímpico do salto triplo; e DJ Strawberry, filho de Darryl Strawberry, estrela da liga de beisebol.

Agora famosos apenas por aquilo que fazem em quadra, os técnicos Glen Miller (Upenn), Tony Bennett (Washington St), Johnny Jones (North Texas) e Tim "Pink" Floyd (USC) quase formam um quarteto de primeira linha de cantores.

Quer pagar quanto?



Salve, leitor do Rebote!

O clima por aqui é de muita ansiedade às vésperas do que promete ser o melhor torneio da NCAA em muito tempo. Pensando nisso, organizadores e diretores de esporte elevaram o preço do ingresso e inventaram pacotes para ajudar seus programas. Sabe o que mais?

Já venderam quase tudo!

Se você é um fã interessado em ver um jogo das semifinais, vai ter que desembolsar nada menos que US$ 298 por um ingresso, batendo a cabeça no teto, nas mãos de um cambista.

Não gostou? Tudo bem. Então que tal pagar a bagatela de US$ 6.245 por cabeça, incluindo hospedagem no hotel Hyatt, transporte para o ginásio e ingresso VIP próximo à quadra?

Um portal ligado à Universidade da Flórida está quase esgotando seus pacotes apartir de US$ 1.495 (só o ingresso). O pacote mais caro do portal custa US$ 7.600 e inclui, entre outras coisas, passe para jogar golfe no intervalo das partidas e um alojamento privado com garçom.

Enquanto isso, vou preparando a pipoca e a cerveja para ver os jogos do sofá de casa mesmo.